Transformar minha dor e solidão em palavras é deveras difícil, não que me faltem palavras, o que me falta é força pra suportar dor tão cruel, e na tentativa de me reerguer, caio novamente e mais uma vez me machuco de forma que de tão forte a dor chega a ser paralisante. Engraçado, para não dizer trágico que se for comparar meus amores a algum genero de arte, suspeito que o que mais se aproxima de meu jeito de amar, são as tragédias gregas, talvez por não saber amar, talvez por escolher errado, mas, quem escolhe a quem amar senão o coração que se sobrepõe a lógica e a consciência e atropelando tudo traz um sentimento forte demais para controlarmos.
Quem controla o amor ? Se souber me diga, qual o segredo ? pois para mim o amor é um cavalo selvagem, lindo, rápido, veloz e de um brilho inigualável, mas, difícil de domar e quando se doma perde o fulgor. Aí vem a sensação de que não era ele, que algo está errado, que talvez tenha havido uma confusão, mas, na verdade o amor deve permanecer como é, assim como o cavalo selvagem, para que não se dome o indomável. Para que não se aprisione o que nasceu para ser livre.